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PELOS CAMINHOS DE PORTUGAL!!!...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

SPORTING TREME MAS NÃO CAI!

Depois da retumbante vitória por 12-5 na primeira mão do confronto Sporting x Benfica para professores e funcionários do externato, adivinhava-se difícil a deslocação dos verdes ao terreno dos vermelhos para a 2ª mão desta emocionante eliminatória.

Com efeito, o magnífico estádio do sãopedrocadeirense rebentava pelas costuras, um ambiente infernal com o público local muito hostil para os verdes e a exercer uma pressão imoral sobre a equipa de arbitragem.

A tarefa dos verdes tornou-se ainda mais complicada pela ausência de três titulares indiscutíveis - Hélio, Nuno Cruz e Zé Ricardo (zé do golo) que se encontravam ao serviço das respectivas selecções (Portugal, Maceira e Togo, respectivamente), pelos reforços de última hora dos vermelhos, Luís Tavares e Fernando, claramente mal inscritos na secretaria e, sobretudo, pela transferência forçada de Luís Fontes, um jogador cuja boa vontade normalmente resulta em derrotas volumosas para a sua equipa.

O jogo começou a bom ritmo e os vermelhos demoraram quase um minuto a colocarem-se na frente do marcador, com um golo resultante de um canto mal assinalado. Aos 2 minutos de jogo surge o segundo golo dos vermelhos, na sequência de um canto mal assinalado e de uma carga sobre o guarda-redes Mário Estêvão, claramente um dos melhores jogadores sobre o relvado. Com quase 3 minutos de jogo, o placard eleva-se para 3-0 com um golo marcado com a mão depois de uma carga ao guarda-redes na sequência de um canto mal assinalado. Já passava dos 4 minutos quando os vermelhos aumentam para 4-0. Uma jogada estudada, após um canto mal assinalado, uma carga ao guarda-redes e um toque com a mão em nítida posição de fora de jogo.
Foram precisos 5 minutos para, finalmente, se ver um bom golo (e legal), quando um central verde se eleva com precisão e atira ao ângulo, infelizmente da sua própria baliza, mas de qualquer das formas, um auto-golão.

Com 5-0 no marcador aos 5 minutos de jogo, os adeptos encarnados deram azo ao seu talento para a euforia antecipada e começaram a festejar de forma ruidosa. foram pagas rodadas de minis e coiratos no café da sede e ouviram-se gritos de "ninguém pára o Benfica" e "Luís Filipe Vieira para sempre".

Aproveitando o aliviar da pressão no estádio, os verdes tiveram a oportunidade de mostrar o seu futebol a todos os níveis superior e, através de jogadas de calcanhar ao primeiro toque e remates de bicicleta fora da área, colocaram o resultado em 5-3.

A partir daqui, a eliminatória foi gerida com inteligência e os verdes sofreram apenas mais 3 golos, curiosamente todos eles através de passes do fiscal de linha a isolar o ponta de lança vermelho.

8-3 foi o resultado final, manifestamente aquém dos 12-5 da primeira mão. A eliminatória teve, assim, um vencedor incontestado. Os números finais (20-8, se a matemática não me falha) são escassos para tamanha superioridade.

De destacar ainda o magnífico duelo verbal entre o extremo Armando e o defesa Anselmo, que, ao longo dos 90 minutos, tiveram oportunidade de debater o conflito entre Israel e a Palestina, a extinção do Jornal Nacional e as novas caricas das garrafas de Superbock.

Como nota negativa, o jornalista presente no estádio foi inicialmente aliciado (e depois ameaçado) para contar uma versão diferente do que se passou neste dia. Meus amigos, não é por um cálice de aguardente ou por me riscarem o carro que ponho em causa uma credibilidade construída ao longo de anos de trabalho. Chama-se ética (vão lá ao google saber o que é)!


Rodrigo Meireles

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